O QUE PROPÕE BYUNG-CHUL HAN?
- Antonio Jose Silva
- 25 de nov.
- 2 min de leitura

25/11/2025
QUEM É BYUNG-CHUL HAN?
É um filósofo e teórico cultural sul-coreano, radicado na Alemanha, conhecido por suas críticas à sociedade contemporânea, especialmente no que diz respeito ao neoliberalismo, à tecnologia digital e ao excesso de desempenho. Seu trabalho analisa a sociedade moderna, com destaque para: A Sociedade do Cansaço. Sociedade da Transparência e Crítica ao neoliberalismo.
UM NOVO MUNDO OU UM MUNDO NOVO, MAS QUAL A DIFERENÇA?
Confesso que se alguém me dissesse há alguns anos que precisaremos de “provas de humanidade” para nos diferenciarmos de máquinas, eu acharia exagero. Mas aqui estamos: num mundo onde a inteligência artificial (IA) é capaz de gerar imagens, manipular vídeos e realizar tarefas que antes eram exclusivamente humanas.
QUE REVOLUÇÃO É ESSA BYUNG-CHUL HAN?
Uma forma de rebelião que se manifesta como uma retirada estratégica e uma recusa à lógica da produtividade e do desempenho constante. Diferentemente das revoluções tradicionais, que visavam um opressor externo (como na sociedade disciplinar, onde havia o explorador e o explorado), a resistência na sociedade neoliberal do desempenho é mais complexa, pois o indivíduo é, simultaneamente, explorador e explorado de si mesmo.
REAÇÃO ANTISSISTEMA: UM MERGULHO NO SILÊNCIO
Quando se pensa em posicionamentos “antissistema”, a imagem que surge é geralmente a de conflito, protestos, contêineres em chamas e o caos generalizado. No entanto, alguns dos discursos mais politicamente incorretos dos últimos tempos nos convidam a uma revolução surpreendentemente silenciosa: ficar em casa, reduzir o consumo, entediar-se e mergulhar no silêncio.
VIDA MAIS CONTEMPLATIVA
A tese principal do filósofo é o abandono da vida hiperativa em favor do equilíbrio e do sentido, fugindo da autoexploração no tempo livre, da exposição incessante nas redes sociais, e apostando no descanso, no silêncio e na vida contemplativa como fuga da engrenagem que leva à exaustão.
"REBELIÃO" OU RESISTÊNCIA SUGERIDA
Ficar em casa como resistência lúcida: Em uma sociedade que exige presença constante e visibilidade, inclusive no espaço público e digital, o ato de se retirar para o espaço privado pode ser um ato de resistência, permitindo o silêncio necessário para "se ouvir".
E POR FIM: UMA TRANSFORMAÇÃO QUE VEM DE DENTRO
Em essência, a rebelião para Han não é uma revolução de massas, mas uma transformação interna e individual que questiona a lógica neoliberal do desempenho e da positividade tóxica, que adoece os indivíduos com depressão e Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional.



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