E O QUE SERIA O NECROPODER?
- Antonio Jose Silva
- há 3 dias
- 2 min de leitura

03/11/2025
Quem Pode Viver e quem Deve Morrer.
CONTROLE ESTATAL SOBRE AS VIDAS
A biopolítica, conceito de Michel Foucault, refere-se ao controle que o Estado exerce sobre a vida das populações, utilizando-se de saberes e práticas para gerenciar processos biológicos como natalidade, longevidade, saúde, higiene e sexualidade. Essa forma de poder, que emerge a partir do século XVIII, age sobre a vida em si, ao invés do poder soberano tradicional de "deixar viver ou fazer morrer", operando através de mecanismos de segurança, disciplina e regulação em um nível coletivo.
PODER DE EXCLUSÃO SELETIVA
Já a necropolítica, definida por Achille Mbembe, destaca as políticas de morte que marginalizam e eliminam grupos específicos da sociedade. No ensino de Filosofia, essa análise crítica se torna crucial para questionar como os discursos filosóficos abordam essas questões. A disciplina fornece ferramentas para refletir sobre biopoder e necropolítica, promovendo debates éticos e políticos essenciais para a compreensão e transformação da realidade. No entanto, a forma como esses temas são abordados pode reproduzir ou desafiar estruturas de poder e exclusão.
A INTERSEÇÃO ENTRE A NECROPOLÍTICA E O BIOPODER
A interseção entre a necropolítica e o biopoder se tornou um tema muito importante no campo da filosofia da educação após a pandemia. A pandemia de Covid-19 destacou de forma clara as práticas de controle e gestão da vida e da morte adotadas pelos governos e instituições, o que nos leva a refletir sobre as relações de poder que governam a sociedade atual.
"DANO COLATERAL"
Sete em cada dez moradores de favelas cariocas são negros e convivem com a rotina de violência das operações policiais. Entre os 121 mortos, na "megaoperação no Complexo do alemão", a maioria é negra. As imagens que circulam — corpos no asfalto, parentes chorando em desespero — revelam uma dor que o país insiste em naturalizar. Quando o sofrimento de famílias negras é tratado como dano colateral, reafirma-se o pacto colonial e racial que estrutura o Brasil: a vida negra segue sendo tratada como descartável.
TRANSFORMANDO TRAUMA EM RESILIÊNCIA
"A dor pode alimentar ódio, mas também pode ser o terreno onde cultivamos o pensamento crítico e a justiça social. É aqui que o medo vira palavra, a dor vira consciência e o trauma vira resistência." Rafael Silva, historiador
UM VERDADEIRO JOGO DE XADREZ
No mundo atual, marcado pela pandemia e pela exclusão de pretos, pobres e periféricos,, temos visto o quanto as questões de poder e controle podem impactar nossas vidas. Imagine que essas questões são como um jogo de xadrez, onde alguns jogadores têm mais poder que outros e podem decidir quais peças sobrevivem e quais são sacrificadas. As decisões tomadas pelos governos, mostraram e mostram, que algumas pessoas são mais vulneráveis e descartáveis do que outras, ampliando as desigualdades e injustiças existentes.
UM SONHO UTÓPICO, UM DEVANEIO?
Um novo agir de forma ética e responsável, reconhecendo a complexidade das relações de poder e buscando transformar as práticas educativas em espaços de resistência e de construção de novas possibilidades. A educação, nesse sentido, não pode ser apenas um instrumento de reprodução do status quo, mas sim uma ferramenta de transformação social e de promoção da vida.
Alguém Vai Pagar e Apostar Por Isso?... "Ou Soma ou Suma" - Cláudio Castro, governador do RJ.



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