A CONVERSÃO DOS ALIMENTOS EM ENERGIA

05/02/2024

UM COMPLEXO SISTEMA DE TRANSFORMAÇÃO

É graças à alimentação que os seres vivos conseguem obter matéria-prima para a manutenção do corpo e realização de suas atividades.

Essa transformação da comida em nutrientes utilizáveis e absorvíveis pelos organismos e a eliminação de partículas não utilizáveis leva o nome de digestão e é realizada pelo nosso sistema digestivo ou sistema digestório.

COMO FUNCIONA

No sistema digestivo humano, o alimento ingerido percorre vários órgãos, como a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, os intestinos delgado e grosso e, por fim, o ânus. Nesse processo, a comida sofre transformações mecânicas e químicas até que esteja preparada para ser absorvida pelas células.

Ele é composto por um tubo de 10 a 12 metros que se inicia na boca e termina no ânus. Conta também com os órgãos anexos, como o fígado e o pâncreas, que contribuem com a produção de enzimas digestivas.

ETAPAS DO PROCESSO DE GERAÇÃO DE ENERGIA

Ingestão: O processo começa quando o organismo ingere alimentos como carboidratos, proteínas e gorduras, os quais contêm nutrientes essenciais que são fonte de energia;

Digestão: Os nutrientes passam pelo sistema digestivo, onde são quebrados em componentes menores, como açúcares, aminoácidos (componentes das proteínas) e ácidos graxos (componentes das gorduras);

Absorção e transporte: Os nutrientes digeridos são absorvidos pelo intestino delgado e entram na corrente sanguínea. Em seguida, são transportados pelo sangue para as células do corpo, onde serão utilizados;

Glicose: A glicose é um açúcar simples obtido a partir de carboidratos e também uma fonte importante de energia para o corpo. Ela entra nas células com a ajuda da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas;

Produção de ATP: A energia é produzida principalmente nas mitocôndrias das células por meio de respiração celular. Quando há oxigênio, a glicose é quebrada em um processo que libera energia na forma de adenosina trifosfato (ATP);

Metabolismo das proteínas e gorduras: As proteínas são decompostas em aminoácidos, que podem ser convertidos em intermediários metabólicos e utilizados na produção de energia. As gorduras são quebradas em ácidos graxos, que passam por processos metabólicos para gerar ATP;

Armazenamento de energia: O excesso de nutrientes, principalmente de glicose, pode ser armazenado para uso posterior. Enquanto a glicose é armazenada no fígado e nos músculos na forma de glicogênio as gorduras em excesso são armazenadas no tecido adiposo.

E SEGUE O FLUXO

A princípio, os alimentos consumidos se movimentam rapidamente assim que chegam no aparelho digestivo. Por isso, em apenas 8 horas, os alimentos se deslocam entre o estômago (por onde passam primeiramente e onde a comida entra em contato com o ácido gástrico), o intestino delgado (localizado entre o estômago e o cólon) e, posteriormente, chegam ao intestino grosso, também chamado de cólon. Porém, a porção mais demorada do processo digestivo se dá no intestino grosso, onde os alimentos permanecem por mais tempo. Uma vez que os alimentos chegam ao intestino grosso, eles podem permanecer ali por mais de uma dia inteiro, onde serão melhor digeridos. Ainda, é também no intestino grosso que a água dos alimentos é absorvida pelo corpo.

CONCLUSÕES DA REVELADORA PESQUISA

Um estudo gigantesco sobre o metabolismo dos seres humanos, envolvendo cientistas de 29 países, chegou a um resultado surpreendente. Pesquisadores avaliaram 6,6 mil pessoas — de recém-nascidos a nonagenários — e descobriram que entre os 20 e 60 anos não há mudança significativa no ritmo com que nosso corpo queima as calorias. A pesquisa também mostrou que bebês queimam calorias 50% mais rápido do que adultos. Depois do primeiro ano de vida isso vai se reduzindo até atingirmos um patamar aos 20 anos. Dali não saímos até os 60, quando o metabolismo começa a desacelerar, e a necessidade de energia vinda dos alimentos diminui.