UM MUNDO MENOS MULTILATERAL
- Antonio Jose Silva
- 29 de nov.
- 2 min de leitura

29/11/2025
APÓS AS DUAS GRANDES GUERRAS
O multilateralismo moderno consolidou-se no século XX, após as duas Guerras Mundiais, com seu auge na fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945. O seu surgimento deveu-se à necessidade de os Estados cooperarem para manter a paz e a segurança internacionais e gerenciar desafios globais de forma coletiva.
IMPORTÂNCIA CRUCIAL
As instituições multilaterais são cruciais para a estabilidade global, pois reúnem países para cooperar e resolver problemas complexos que nenhum país poderia solucionar sozinho, como crises ambientais, econômicas e de segurança. Elas promovem o diálogo, a criação de acordos e políticas comuns, além de fornecerem uma plataforma para o desenvolvimento e o apoio técnico, auxiliando na busca por um equilíbrio de poder e na mitigação de riscos políticos para investidores.
PREOCUPANTE E TEMERÁRIO ENFRAQUECIMENTO
O multilateralismo está enfraquecido devido a uma combinação de fatores, incluindo a ascensão do nacionalismo, mudanças na distribuição global de poder e a paralisia institucional de organizações.
O GIGANTESCO DESAFIO DE HOJE E DE AMANHÃ
O combate contra as mudanças climáticas é o principal desafio que a humanidade tem por diante. Para haver sucesso, a participação de todos é necessária: desde cada cidadão até cada governo. Em um mundo onde se priorizam os interesses econômicos, por exemplo, em detrimento dos ambientais, o multilateralismo se torna fundamental para que os países concordem e estabeleçam uma estratégia comum com um objetivo: defender o planeta. No entanto...
UM BOICOTE PREVIAMENTE ELABORADO
O boicote à COP30 foi multifacetado, incluindo a ausência de grandes emissores como os EUA e a China. A COP30 é considerada um fracasso principalmente por sua falta de avanço em relação aos combustíveis fósseis e desmatamento, os dois principais causadores do aquecimento global. Críticos apontam a captura do evento por lobbies, a falta de metas concretas e a frustração dos ativistas, apesar de alguns textos terem sido aprovados.
O GRANDE VILÃO E O PODEROSO LOBBY
Os combustíveis fósseis são o "nervo exposto" da crise climática. Mexer com eles significa mexer em poder, dinheiro e interesses nacionais muito profundos. Porque tocar nesse tema significa mexer no alicerce da economia global. Transporte, indústria, energia, agricultura e comércio ainda dependem muito de petróleo, gás e carvão. A ciência já bateu o martelo: não há como conter o aquecimento global sem reduzir rapidamente os fósseis.
A GRANDE FARSA DO "BANHO VERDE"
A pesquisa, publicada na Nature Sustainability, mostra o que está por trás de muito greenwashing – o “banho verde” de empresas que usam marketing e relações públicas para parecer mais sustentáveis do que realmente são.
“A indústria de combustíveis fósseis sempre será parte do problema, e não a solução da crise climática”, diz Llavero-Pasquina.



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