DESCONSTRUINDO A HISTÓRIA OFICIAL DE "PINDORAMA"
- Antonio Jose Silva
- há 4 dias
- 2 min de leitura

30/04/2025
PINDORAMA: era o BRASIL antes de CABRAL
A narrativa ensinada nas escolas tendeu a simplificar o quadro do Brasil pré-colonial, especialmente em relação à Amazônia. A ideia de que a região era "sempre desabitada" ou ocupada apenas por pequenos grupos nômades se tornou comum. Mas pesquisas recentes têm desafiado essa visão. E se civilizações complexas e engenhosas já prosperassem aqui muito antes da chegada dos portugueses? Prepare-se para uma viagem no tempo que vai expandir o seu olhar sobre a história do Brasil.
JÁ EXISTIAM SOCIEDADES SOFISTICADAS NA AMAZÔNIA Liderado pelo criador Felipe Castanhari, o projeto mergulha nos achados recentes sobre a região Amazônica antes da chegada dos portugueses. “O Brasil Antes de 1500: a história que você nunca aprendeu”. Castanhari nos guia por descobertas arqueológicas recentes, capitaneadas por pesquisadores como Eduardo Neves, da USP. Essas pesquisas revelam evidências fascinantes de sociedades avançadas na Amazônia, indicando domínio de técnicas agrícolas, manejo da terra e uma organização social sofisticada – um contraste significativo com a imagem de um vazio demográfico.
A IMPORTÂNCIA DE SABER SOBRE O BRASIL ANTES DE 1.500
Comenta Castanhari. "Meu objetivo é mostrar o quanto nossos antepassados eram engenhosos, avançados e capazes, desconstruindo de vez a falsa ideia de que, antes dos portugueses, não existiam civilizações sofisticadas no Brasil”. Lembra o professor e historiador Edson Kayapó, da Universidade Federal da Bahia. “Nós éramos majoritariamente indígenas, mas a escola, naquela época, não nos dava a oportunidade de pertencer. Era como algo distante da gente e do tempo. Pensar essa história pré-colonização é uma forma de desconstruir visões estereotipadas tanto dos povos originários quanto da região amazônica, que abriga a maior parte da população indígena do país."
MAS AGORA ELES SÓ TÊM O DIA 19 DE ABRIL
A pedagoga e ativista indígena do Amazonas, Vanda Witoto, reforça que a história dos povos originários do Brasil contada nas escolas precisa ir mais a fundo. “Quando olhamos para a história do país, entendemos que o início da educação escolar se inicia no processo de catequização das crianças indígenas, e isso foi uma violência sobre nossas culturas.”
Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do descobrimento. Dividiam-se em quatro grupos linguístico-culturais: tupi, jê, aruaque e caraíba. Naquela ocasião, os tupis acabavam de ocupar o litoral, expulsando para o interior as tribos que não fossem tupis.
A CORRUPTELA JESUÍTA
No contato com os indígenas, os jesuítas os classificaram em dois grandes grupos: os tupis, povos de "língua geral", e os tapuias, povos de "língua travada". Manter relações de amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os conquistadores europeus. Para melhor lidar com as tribos, os jesuítas aprenderam a língua tupi. Modificaram-na, criaram uma gramática e a transformaram na língua comum a várias tribos. Assim, a identidade cultural dos nativos foi descaracterizada, tornando-os alvos mais fáceis para os interesses dos missionários.
Confira no vídeo abaixo:
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