- Antonio Jose Silva
- há 5 dias
- 2 min de leitura
29/04/2025
UMA METÁFORA DE RENOVAÇÃO
A música 'O Segundo Sol', interpretada pela inesquecível Cássia Eller, é uma composição de Nando Reis, em 1997, que se destaca por sua poesia carregada de metáforas e simbolismos. A letra fala sobre a chegada de um segundo sol, que realinharia as órbitas dos planetas, uma imagem que pode ser interpretada de diversas maneiras, mas que frequentemente é associada à ideia de mudança e renovação.
ENTENDENDO A SUBJETIVIDADE DA FÉ
O Segundo Sol é uma música que basicamente fala sobre não existir uma verdade absoluta: a nossa fé é subjetiva e tudo é uma questão de ponto de vista.
Segundo o músico, a letra surgiu após uma conversa com uma amiga que o apresentou a teoria do Segundo Sol. Para os adeptos dessa hipótese, o Sol seria ligado a uma estrela anã chamada Nêmesis, que estaria se aproximando da Terra e atraindo cometas que causariam destruições em massa. Depois de reagir à teoria com hostilidade e desdém, Nando Reis refletiu sobre sua postura: “Eu fiz a música, não como um pedido de desculpas, mas uma revisão da forma como eu queria ter ouvido e reagido à história”, disse ele. "Eu passei a tratar o segundo sol como se fosse um outro ponto de vista. É sobre a diferença entre as pessoas”, completou.
ESQUADRINHANDO A LETRA
"Quando o segundo Sol chegar. Para realinhar as órbitas dos planetas. Derrubando, com assombro exemplar. O que os astrônomos diriam. Se tratar de um outro cometa"
Qual seria o efeito da aparição de um segundo Sol? O provável desequilíbrio entre as órbitas dos planetas. Para Nando Reis, um segundo astro seria um elemento causador de desordem.
NÃO TEM EXPLICAÇÃO
"Eu só queria te contar. Que eu fui lá fora. E vi dois sóis num dia. E a vida que ardia sem explicação"
Uma vez que o segundo astro apareça no céu, ele, Nando Reis, vai procurar por sua amiga para admitir que ela tinha razão. Mesmo que, a princípio, não haja uma explicação lógica para esse fenômeno.
NANDO REIS, FINALIZA A POLÊMICA QUESTÃO
“A música é sobre o que tem de misterioso nas nossas fés, nas respectivas crenças pessoais. Ninguém detém a verdade e você não pode desqualificar a crença de uma pessoa, por mais que ela esteja baseada em crenças que você não divida. Fé é uma palavra que não se impõe a ninguém”.