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  • Foto do escritor: Antonio Jose Silva
    Antonio Jose Silva
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura
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16/12/2025


QUE DOUTRINA É ESSA MEU IRMÃO?

A Doutrina Monroe, criada em 1823 pelo presidente James Monroe, foi uma política dos EUA que declarava o continente americano "para os americanos", opondo-se à colonização ou intervenção europeia e prometendo não interferir nos assuntos europeus, mas que, ao longo do tempo, serviu de base para o intervencionismo americano na América Latina.


O BIG STICK (O GRANDE PORRETE) Com ideologia semelhante ao que estabelecia a Doutrina Monroe, Theodore Roosevelt, 26º presidente norte-americano (1901 a 1909), instituiu o que denominou Big Stick.

Inspirado em um provérbio africano que dizia “Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete”, Roosevelt mostrava com isso que, para proteger os Estados Unidos, agiria com diplomacia, mas não hesitaria em utilizar sua autoridade, caso fosse necessária.


AÍ MORA O PERIGO...

200 anos depois, Trump usa a Doutrina Monroe para aplicar pressão militar sobre América Latina. O governo Trump considera que ameaças externas na América Latina — especialmente a influência econômica e tecnológica da China e a presença de redes criminosas transnacionais — exigem uma postura mais ativa de Washington. A América Latina enfrenta uma convergência de riscos significativos em 2025/2026. A nova estratégia de segurança nacional de Trump coloca o foco geopolítico principal no continente americano.


"QUINTAL DOS ESTADOS UNIDOS"

Durante décadas, a América Latina foi o chamado quintal dos Estados Unidos. Dois séculos após sua proclamação, a Doutrina Monroe do século XIX, que inaugurou uma era de intervencionismo de Washington na América Latina, direcionado principalmente contra governos e simpatizantes de esquerda, retorna com características trumpianas. A campanha militar em torno da Venezuela é uma delas. A pressão — chegando ao ponto de interferência eleitoral — em favor de governos e políticos aliados em uma região mais polarizada do que nunca é outra.


UM NOVO SISTEMA FEUDAL?

“Estados vassalos, é isso que Washington almeja”, afirma o ex-ministro e embaixador chileno Jorge Heine. “E isso fica bem claro nesta Estratégia de Segurança Nacional. Que lidará com países com os quais compartilha afinidades ideológicas e não com outros. É uma declaração muito contundente”, acrescenta o professor e pesquisador da Universidade de Boston.


DISRUPÇÃO

Estamos testemunhando não uma simples mudanças, mas o colapso acelerado de toda uma arquitetura internacional construída após 1945. As instituições multilaterais estão cada vez mais impotentes e desmoralizadas.

O Conselho de Segurança da ONU, paralisado por vetos cruzados, parece assistir de mãos atadas ao massacre em Gaza enquanto repete o script de fracassos vistos na Síria, no Iêmen e na Ucrânia. Será assim também na América do Sul, Central, na América Latina?



 
 
 
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